Transplante renal

O que e ?

O transplante renal é um procedimento cirúrgico que é realizado quando os rins de uma pessoa não funcionam corretamente e é necessário substituí-los por um rim saudável de um doador.

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Os rins desempenham um papel vital no corpo humano, filtrando resíduos, minerais e fluidos do sangue para a produção de urina. Quando ocorre insuficiência renal, os rins não conseguem realizar essa função adequadamente, o que leva ao acúmulo de substâncias nocivas no organismo.

A necessidade de transplante renal surge em estágios avançados da doença renal, quando a função renal está significativamente comprometida e os tratamentos conservadores não são mais eficazes. O transplante renal oferece a oportunidade de substituir um rim doente por um rim saudável, permitindo que a pessoa recupere a função renal adequada.

Antes do transplante, é realizado um processo de avaliação para determinar a elegibilidade do paciente e garantir a compatibilidade com o doador. O transplante renal pode ser realizado a partir de doadores vivos relacionados ou não relacionados, bem como de doadores falecidos.

Após o transplante, é necessário um acompanhamento médico contínuo para monitorar a função do rim transplantado e ajustar a terapia imunossupressora, que é necessária para prevenir a rejeição do órgão. Embora o transplante renal seja considerado um tratamento eficaz para a insuficiência renal, é importante destacar que o procedimento envolve riscos e desafios, e o sucesso a longo prazo depende de vários fatores, como adesão ao tratamento e cuidados pós-transplante.

É fundamental que os pacientes que consideram o transplante renal busquem orientação médica especializada e sigam as recomendações médicas para tomar decisões informadas sobre o procedimento.

Indicações do transplante renal

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Nem todos os pacientes renais são elegíveis para um transplante renal. Existem critérios específicos que devem ser considerados antes de determinar a viabilidade de um paciente para o transplante.

Além das condições clínicas mencionadas, como neoplasias, infecções graves em atividade, doença cardíaca/cardiocascular difusa e patologias psiquiátricas, existem outros fatores que podem afetar a elegibilidade de um paciente para o transplante renal. Alguns desses fatores incluem:

  • Idade: A idade avançada pode afetar a capacidade de tolerar a cirurgia e o tratamento pós-transplante.
  • Condições médicas pré-existentes: Outras condições médicas, como doença hepática avançada, doença pulmonar grave ou problemas de coagulação, podem aumentar os riscos associados ao transplante renal.
  • Adesão ao tratamento: A capacidade do paciente em seguir um regime rigoroso de medicação imunossupressora ao longo da vida é crucial para o sucesso do transplante. A adesão ao tratamento e o comprometimento em seguir as recomendações médicas são considerados durante a avaliação.
  • Suporte familiar e social: O suporte familiar e social é importante para o cuidado pós-transplante, pois o paciente precisará de acompanhamento contínuo, medicamentos e suporte emocional.

Após a avaliação inicial pelo nefrologista, os pacientes que são considerados bons candidatos para o transplante renal são encaminhados para uma unidade de transplante, onde uma avaliação mais detalhada é realizada. Essa avaliação envolve consultas com uma equipe multidisciplinar para avaliar a condição física, psicológica, familiar e social do paciente.

É importante ressaltar que a decisão de realizar um transplante renal é tomada de forma individualizada, considerando todos os fatores e riscos envolvidos. O médico nefrologista e a equipe de transplante renal são responsáveis por fornecer todas as informações necessárias ao paciente e orientá-lo sobre as opções de tratamento mais adequadas para sua situação.

Tempo de espera para o transplante renal

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O tempo de espera por um transplante renal pode variar consideravelmente de acordo com diversos fatores, incluindo a disponibilidade de doadores compatíveis e a demanda por transplantes renais em determinada região. O tempo de espera pode ser influenciado por fatores como o tipo de doador (vivo ou cadáver) e a compatibilidade entre o doador e o receptor.

No caso de um transplante renal com doador vivo, o tempo de espera pode ser menor, pois há a possibilidade de realizar o procedimento assim que um doador compatível seja identificado e esteja disponível para a doação. No entanto, ainda é necessário realizar a avaliação e os preparativos necessários antes da cirurgia.

Já em transplantes renais com doador cadáver, em que o rim é proveniente de um doador falecido, o tempo de espera pode ser mais longo devido à escassez de órgãos disponíveis. A lista de espera é gerenciada pelos sistemas de transplante de cada país, e os pacientes são priorizados com base em critérios como a gravidade da doença renal, o tempo de espera e a compatibilidade do doador.

No exemplo mencionado sobre a lista de espera em Portugal ser de cerca de 5 anos para transplante renal de doador cadáver, é importante ressaltar que esse tempo é apenas uma estimativa e pode variar ao longo do tempo, conforme as condições e as circunstâncias específicas de cada caso.

É fundamental que os pacientes em lista de espera mantenham-se em acompanhamento regular com a equipe médica especializada, seguindo as recomendações médicas e mantendo-se informados sobre o andamento da sua situação na lista de espera.

Período pré-transplante

Durante a avaliação para um transplante renal, o receptor (doente) é submetido a uma extensa série de exames e avaliações clínicas para garantir sua aptidão para a cirurgia e a capacidade de tolerar a terapia imunossupressora necessária após o transplante.

Esses exames podem abranger diversas áreas médicas e podem variar de acordo com a idade, gênero, causa da doença renal e outras condições de saúde pré-existentes do paciente. Alguns dos exames comuns realizados durante a avaliação incluem:

  1. Avaliação geral: incluindo exames de sangue como hemograma completo, perfil bioquímico, testes de função imunológica, cultura microbiológica e testes de coagulação.
  2. Avaliação cardiovascular: envolvendo um eletrocardiograma de 12 derivações para avaliar a função cardíaca, um ecocardiograma transtorácico para avaliar a estrutura e função do coração, e, em alguns casos, uma ressonância magnética cardíaca ou um cateterismo cardíaco para obter informações mais detalhadas sobre o estado cardiovascular.
  3. Avaliação pulmonar: geralmente incluindo uma radiografia torácica para avaliar a condição dos pulmões e, em alguns casos, testes de função pulmonar para verificar a capacidade respiratória.
  4. Rastreamento oncológico: realizado de acordo com a idade e o gênero do paciente, incluindo colonoscopia para rastrear câncer de cólon, mamografia para mulheres, citologia cérvico-vaginal e PSA (Antígeno Prostático Específico) para homens.

Além desses exames, outros testes ou avaliações podem ser realizados, dependendo das condições médicas específicas do paciente.

Essa avaliação minuciosa é importante para garantir a segurança e o sucesso do transplante renal, bem como para identificar quaisquer outras condições de saúde que possam exigir tratamento adicional ou que possam influenciar a decisão sobre a realização do transplante.

Como é feito o transplante renal?

  • Preparação pré-operatória: O paciente se veste com uma bata hospitalar e recebe uma linha intravenosa (IV) para administração de fluidos e medicamentos. Podem ser inseridos outros cateteres para monitorização e coleta de amostras de sangue.
  • Preparação da área cirúrgica: Se houver excesso de pelos no local da incisão, eles são removidos para reduzir o risco de infecção.
  • Posicionamento do paciente: O paciente é posicionado deitado de costas na mesa cirúrgica.
  • Administração da anestesia: O paciente recebe anestesia geral para permanecer inconsciente e livre de dor durante todo o procedimento.
  • Preparação da pele: A pele na área cirúrgica é cuidadosamente limpa e desinfetada com uma solução antisséptica.
  • Incisão cirúrgica: O cirurgião realiza uma incisão lateral no abdômen inferior para acessar a cavidade abdominal.
  • Realização do transplante: O rim do doador é implantado no local adequado do paciente receptor. O cirurgião conecta os vasos sanguíneos e os dutos urinários do rim doado aos do paciente.
  • Fechamento da incisão: No final do procedimento, a incisão cirúrgica é fechada com suturas e/ou grampos cirúrgicos.

Após o transplante renal, o paciente é levado para uma área de recuperação no hospital, onde é monitorado de perto. Durante a hospitalização, a equipe médica acompanha a evolução do paciente, observando a função do novo rim e monitorando o surgimento de possíveis complicações pós-operatórias.

É importante ressaltar que o processo cirúrgico pode variar em cada caso e depender das condições específicas do paciente e do doador, assim como das técnicas cirúrgicas utilizadas pela equipe médica. O acompanhamento pós-operatório é essencial para garantir o sucesso do transplante e a recuperação do paciente.

Riscos associados ao tratamento imunossupressor

É verdade que os medicamentos imunossupressores utilizados após o transplante renal podem estar associados a alguns efeitos colaterais. Esses medicamentos são necessários para suprimir a resposta imunológica do corpo e prevenir a rejeição do órgão transplantado. No entanto, eles também podem afetar outras partes do organismo, resultando em efeitos colaterais. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Maior risco de cânceres: O uso prolongado de medicamentos imunossupressores pode aumentar o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como câncer de pele (incluindo o melanoma), cânceres hematológicos como linfoma e leucemia, entre outros.
  • Infecções: Os medicamentos imunossupressores podem diminuir a capacidade do sistema imunológico de combater infecções, tornando os pacientes mais suscetíveis a infecções, especialmente infecções do trato urinário.
  • Alterações das glicemias: Alguns medicamentos imunossupressores podem causar alterações nos níveis de açúcar no sangue, levando a um maior risco de desenvolver diabetes ou agravar o controle do diabetes existente.
  • Fragilidade óssea: Alguns medicamentos imunossupressores podem afetar a saúde dos ossos, aumentando o risco de osteoporose e fraturas ósseas.
  • Aumento de peso: Alguns medicamentos imunossupressores podem causar retenção de líquidos e ganho de peso.
  • Alterações da pele e mucosas: Alguns pacientes podem experimentar efeitos colaterais cutâneos, como acne, aumento da sensibilidade à luz solar, rash cutâneo ou alterações na cor da pele. Também pode ocorrer ulceração oral ou de outras mucosas.

É importante ressaltar que nem todos os pacientes experimentam todos os efeitos colaterais mencionados, e a intensidade dos efeitos pode variar de pessoa para pessoa. A equipe médica acompanha de perto o paciente após o transplante renal, monitorando e gerenciando os efeitos colaterais dos medicamentos imunossupressores, além de avaliar regularmente a função do rim transplantado e ajustar a terapia conforme necessário.

Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Transplanta%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%B3rg%C3%A3os

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